Fonte: Blog Flipinha – Página oficial da Festa Literária e Internacional de Paraty
O segundo dia da Flipinha continua a todo vapor! Nesta manhã de terça-feira, as crianças receberam a visita de Georgina Martins e Eliana Martins, que falaram um pouco sobre suas obras e visão sobre o universo infantil.
Às 10h30 a escola do Corisco se apresentou com uma peça inspirada em um dos livros de Georgina Martins, “O menino que brincava de ser”, deixando crianças e adultos admirados não apenas com a desenvoltura dos pequenos atores, mas também com a escolha da história, que fala sobre um menino que gostava de brincar de ser outras pessoas, entre elas, mulheres.
Na apresentação, esse menino, em conversa com a avó, diz que gostaria de tornar-se menina, para então poder passar batom e enfeitar-se. Além disso, ele diz que tem esperança de que tornando-se uma menina, seu pai começasse a amá-lo e parasse de bater nele. Assim, o garoto e a boa avó saem em busca do arco-íris, que dizem, tem o poder de transformar o menino em menina. Um certo dia, a avó leva o garoto ao teatro, e ele sai de lá encantado por descobrir que os atores usam maquiagem e peças de roupas próprias do universo feminino. Logo depois os dois encontram o arco-íris, e no momento de decidir se quer realmente virar menina ou continuar sendo um menino, o garotinho decide que quer mesmo é ser ator e permanecer sendo quem é, do jeito que ele é. Para finalizar, os alunos se reuniram no palco e cantaram a música “Pais e Filhos”, de Renato Russo; encerrando com chave de ouro a mensagem de amor a todas as coisas e pessoas, sejam elas como forem.
Conversando com as professoras Luiza França, Dejane Cruz e com o professor Ariel Máximo, eles contaram que escolheram essa história justamente com o objetivo de ensinar as crianças a amar e aceitar ao próximo assim como ele é. Eles ressaltaram ainda que as crianças participaram felizes da peça, e que em momento nenhum mostraram-se preconceituosas com a história, o que eles acreditam ser fruto também de um trabalho que fazem na escola, onde conversam constantemente sobre a importância do não preconceito.
Às 11h30 foi a vez da escola da Ilha do Araújo se apresentar. Os alunos encenaram uma peça escrita pela professora, chamada “O pescador de livros”, que mostrava alguns pescadores saindo para trabalhar numa madrugada e pescando ao invés de peixes, uma caixa cheia de livros. Enquanto alguns queriam jogá-los fora, um resolveu levá-los para suas filhas, que por sua vez, começaram a ler para o pescador. Assim, o caiçara acabou pegando gosto pelas histórias, e a leitura em frente à fogueira tornou-se uma tradição na sua terra.
A professora responsável pela peça disse que escolheu esse enredo pensando em escrever uma história com a qual os alunos, que moram na ilha, pudessem se identificar. Eles aprovaram o tema e se divertiram bastante participando ativamente da elaboração do cenário, que envolveu a escola toda!
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