Simone Cavalcante
O Teatro Sete de Setembro teve uma grande movimentação no segundo dia do Festival de Cinema Universitário. A mostra começou às 21h e teve a participação destacada de crianças na plateia. Na tela, o público teve acesso a produções da Paraíba, Rio de Janeiro, Alagoas e Pernambuco dentro de um circuito cultural ainda carente de espaços que garantam o acesso ao cinema.
Os filmes exibidos na Mostra Competitiva tiveram um caráter mais documental, e os roteiros se basearam em temas da cultura de diferentes realidades brasileiras. Depois de assistir A sós, A geografia do preconceito, Irmãs, e Sangue, suor e magia e Inacabado, Juliana da Silva, 8 anos foi enfática: “Gostei de todos os filmes”. Era a primeira vez que ela frequentava uma sala de projeção.
Enquanto o Cine São Francisco está em vias de ser recuperado pelo Iphan, os festivais, como também os cineclubes, vão se tornando caminhos possíveis de exibição cinematográfica em Penedo. A cidade tem alguns cineclubes em funcionamento, a exemplo do Cine Artepopular, que realizam sessões abertas em praça pública. Por conta disso, o Festival abriu espaço para mostras cineclubistas realizadas na Orla do São Francisco. Fazem parte do circuito os cineclubes: Barracão, Cine Coricultura, Ideário, Cine Mais Taquarana, Cine Olho Vivo, Projeção, Espelho Mágico e Tela Tudo Clube de Cinema.
Para Manoel Martins do Nascimento, morador da cidade, “é importante que haja mais espaços para a divulgação da arte, porque toda a forma de arte vale à pena, e o Festival de Cinema Universitário é válido porque provoca o ressurgimento do antigo Festival de Cinema de Penedo”. Ele esteve presente em todas as edições desse Festival e fez parte da equipe do filme Conteúdo.
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