Mais de 80 mil brasileiros já participaram das contações de histórias em oito anos de projeto
Projeto social existe há oito anos
Claudia Lins
A roda de histórias pode acontecer em qualquer lugar. Num hospital, no chão de terra batida ou no pátio de uma escola. É com muitos sorrisos e disposição para cantar e contar diversas tramas, que Dulce Eugênia Marinho, a tia Dulce, envolve adultos e crianças na teia mágica da leitura. Viajando pelo Brasil o projeto social Mundo do Faz e Conta, mantido pela Rede Mundo Verde, fala de temas como cidadania, responsabilidade ambiental e esperança, ao ritmo das fábulas e contos de fadas.
Recentemente, tia Dulce passou pela cidade de Maceió, onde contou histórias para voluntários e internos da Associação de Pais e Amigos dos Leucêmicos (Apala) e também da Associação do Movimento de Amparo a Infância (AMAI). A agenda na capital de Alagoas incluiu ainda uma manhã especialmente compartilhada com residentes do Lar São Francisco de Assis, instituição espírita que atende idosos em situação de abandono. Outra instituição contemplada foi a Casa de Adoção Rubens Colaço, creche mantida pela prefeitura para abrigar meninos e meninas com idades entre 1 e 7 anos. Lá, as crianças foram presenteadas com a contação de Maria Clara, filha de franqueados da Mundo Verde, que fez questão de auxiliar tia Dulce na divertida tarefa de contar histórias.
A agenda de encontros do projeto em Maceió incluiu um dia compartilhado com crianças e adolescentes
atendidos pela Legião da Boa Vontade (LBV), atendendo 250 crianças da instituição. Tia Dulce também levou a alegria de suas histórias para crianças de 4 a 5 anos da Unidade de Educação Infantil CANTA O SABIÁ – Projeto ERÊ, instituição mantida por uma ONG para alfabetizar e mediar leitura.
A programação da semana terminou com contações no Lar São Domingos, para dezenas de crianças e adolescentes, e, no dia 30 de agosto, no Lar da Menina, que abriga crianças órfãs ou em situação de risco.
“Foi uma semana bastante divertida, com encontros especiais e partilhas”, resume tia Dulce.
Sobre o Projeto Mundo do Faz e Conta
Crianças abrigadas na creche adoção de Maceió
A ação social, criado há oito anos, atende a comunidades, instituições públicas e filantrópicas em todo país, seguindo uma agenda estabelecida pela organização do projeto. Os momentos de contação de histórias, conduzidos sempre por tia Dulce, tem duração média de 30 minutos e já mobilizaram mais de 80 mil brasileiros de diversas idades.
O projeto é uma iniciativa da Rede Mundo Verde, especializada em comercializar produtos naturais, orgânicos e para o bem-estar, com mais de 200 lojas no Brasil. Para receber a visita da contadora de histórias, as instituições só precisam realizar o cadastro no link de responsabilidade social do site Mundo Verde.
Só no ano de 2013, a rede espera levar o Mundo do Faz e Conta a 100 instituições, contemplando 10 mil pessoas. As crianças, grande público desta iniciativa, são também suas maiores multiplicadoras.
Sobre a contadora
Dulce Marinho, a tia Dulce, nem sempre contou histórias, mas descobriu nos caminhos da leitura uma virada para sua própria narrativa de vida. Foi como voluntária em uma creche no Rio de Janeiro que ela começou essa aventura. Antes de ser a contadora do Mundo do Faz e Conta, foi bancária, viveu uma vida de compromissos intermináveis, até que veio o desligamento do mercado formal, a aposentadoria, a depressão.
As histórias a resgataram para uma vida mais colorida, criativa e repleta de possibilidades, tornando tia Dulce especialista na arte de contar histórias e encantar pessoas, desde o ano de 1999.
“Amo o que eu faço. Quando chego em alguma casa de apoio de crianças com câncer é uma festa, uma alegria. Ver aquelas crianças felizes, nem que seja por uma história de 30 minutos, é maravilhoso. Quero ficar velhinha contando histórias”, diz ela.
Belo trabalho! Parabéns a Tia Dulce, ao Mundo Verde e Cláudia Lins. Por conseguirem colocar sorriso no rosto e no coração dessas crianças.
Francisca
Tia Dulce,
Você é linda, doce, doce…
Que bom ter você entre os amigos queridos. Que Deus conserve em você este dom tão especial…
Beijos, Olga